quinta-feira, 8 de março de 2012

Qual será o futuro do curso?

Com o intuito de que lutemos pelo nosso curso envio este e-mail.

A pedagogia esta sendo enterrada aos poucos pela reitoria, através de decisões descabidas que ultrapassam a lógica educacional e até mesmo comercial (o que eles consideram com certeza mais importante) da Universidade. Um exemplo são os professores que outrora montaram o curso como conhecemos atualmente, fundamentado em sólida base teórica e filosófica, e que por motivos políticos foram demitidos - são eles: a coordenadora Tânia Fernandes e os professores André, Antônio Zilmar, Patrícia, Ronaldo e Silvana. 

O atual discurso da reitoria diz que os alunos não tem nenhuma relação com os assuntos sindicais e administrativos , mas sabemos que estas demissões farão com que o curso seja completamente descaracterizado.

 Nosso curso propicia formação de um educador consciente da realidade que vive - nós os educandos, somos instigados a compreender e intervir criticamente no meio social, político e cultural que vivemos.  Mas se nem os professores podem ser críticos, o que será da nossa formação, qual o futuro da Pedagogia Unicastelo?

Proponho fazer algo pelo nosso curso, cobrar da reitoria o respeito que o aluno, ou melhor dizendo, o cliente deles e os professores merecem.



A seguir esta um texto que explica um pouco do que ocorreu semestre passado (que se repetiu neste) - disponível em ://cenariouniversitario.blogspot.com/2011_12_01_archive.html.


Reitoria e Mantenedora rompem acordo com professores (e seus representantes) e demitem por motivações políticas
Até o momento, mantivemos a relação com a reitoria de maneira aberta e respeitosa. Porém, enquanto discutíamos uma proposta ofensiva de pagamento dos 13ºs em 17 parcelas e, inclusive, evitávamos expandir aos alunos notícias sobre a situação para não atrapalhar a retomada do crescimento da instituição, os gestores da instituição preparavam covardes ataques ao conjunto dos professores, e demitiram diversos professores por seu posicionamento político e/ou sobre o plano de carreira.
Numa carta à comunidade acadêmica, a reitoria afirmou o seguinte acerca das denúncias dos representantes sindicais: “Quanto à sugestão de que teriam havido razões políticas  a motivar as demissões, afirmamos que tal suposição não procede, visto que, na Unicastelo, linhas de pensamento divergentes têm convivido, tem sido estimulado o livre debate”. Ora, esta afirmação sim é improcedente, pois, no curso de pedagogia, os professores Antonio Zilmar e Ronaldo Gaspar, os quais gozam de amplo prestígio entre seus pares e discentes, foram demitidos sem indicação da coordenação. Portanto, obviamente, o foram pela participação no processo de organização sindical e discussão dos problemas enfrentados pelo professorado. Assim como a professora-coordenadora do curso de Serviço Social, recentemente avaliado como o melhor curso da cidade de São Paulo. Qual motivo? “Motivos (obscuros) da reitoria”? Ou a linha de “pensamento divergente” aceitável é somente aquela que, ao fim e ao cabo, converge para os interesses da própria instituição? Cadê a pluralidade que, de fato, deveria caracterizar uma instituição acadêmica? Se, como dizem, “as demissões havidas no final deste semestre ocorreram de maneira absolutamente coerente com a normalidade da vida acadêmica” e, por conseguinte, professores competentes com seus afazeres didático-pedagógicos foram demitidos, o que aqueles professores que também são competentes em suas respectivas áreas podem esperar desta universidade? Onde reside a coerência? E se não há coerência, como gozar de credibilidade?
Outros exemplos são o da profa. Sandra Tomaz, há 16 anos na instituição, uma das únicas professoras do curso de Odontologia a não assinar o plano de carreira, demitida sem nenhuma motivação acadêmico-pedagógica. Assim como a profa. Elke e o prof. Maurício, ambos da Educação Física, que no ano passado desafiaram seu coordenador para garantir seus direitos mínimos e, agora, sem nenhuma justificativa plausível, igualmente foram demitidos. Do mesmo modo, também o foi o prof. Dárcio,  ha 21 anos na instituição, da Farmácia, que, na última semana, reavaliou sua postura de assinar o plano de carreira. Novamente, como depois de proceder deste modo, a reitoria pode escrever que, “Igualmente infundada é a suposição de que desligamentos teriam sido promovidos em decorrência da não adesão de alguns professores ao Plano de Carreira Docente da Unicastelo.  A migração para o Plano de Carreira Docente dá-se de maneira absolutamente voluntária”. Ora, quem está sendo improcedente em suas afirmações?
Pois bem, o ataque a esses professores é um ataque a todos os professores e à sua organização – portanto, também um ataque ao sindicato da categoria –, configurando mais um desrespeito da administração dessa instituição.
Ademais, além de nos privar de nossos direitos trabalhistas mais elementares, acumulando dívidas e mais dívidas junto ao corpo docente e aos funcionários, essa administração ainda tenta nos privar do direito constitucional de organização sindical e, tão grave quanto, da própria verdade, pois, ao mesmo tempo em que alega não fazê-lo, faz perseguições políticas descaradas. Trata-se, portanto, de um jogo duplo, no qual eles dizem uma coisa e promovem outra. Urge nos organizarmos e demonstrarmos nossa insatisfação. Tão grave quanto a opressão é a compactuação com ela. E, disto, jamais seremos cúmplices.
À luta!