quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Dominio Público

Sugestão de Rosângela

Missão
"Uma biblioteca digital é onde o passado encontra o presente e cria o futuro."
Dr. Avul Pakir Jainulabdeen Abdul Kalam
Presidente da Índia - 09/set/2003
O "Portal Domínio Público", lançado em novembro de 2004 (com um acervo inicial de 500 obras), propõe o compartilhamento de conhecimentos de forma equânime, colocando à disposição de todos os usuários da rede mundial de computadores - Internet - uma biblioteca virtual que deverá se constituir em referência para professores, alunos, pesquisadores e para a população em geral.
Este portal constitui-se em um ambiente virtual que permite a coleta, a integração, a preservação e o compartilhamento de conhecimentos, sendo seu principal objetivo o de promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio público ou que tenham a sua divulgação devidamente autorizada, que constituem o patrimônio cultural brasileiro e universal.
Desta forma, também pretende contribuir para o desenvolvimento da educação e da cultura, assim como, possa aprimorar a construção da consciência social, da cidadania e da democracia no Brasil.
Adicionalmente, o "Portal Domínio Público", ao disponibilizar informações e conhecimentos de forma livre e gratuita, busca incentivar o aprendizado, a inovação e a cooperação entre os geradores de conteúdo e seus usuários, ao mesmo tempo em que também pretende induzir uma ampla discussão sobre as legislações relacionadas aos direitos autorais - de modo que a "preservação de certos direitos incentive outros usos" -, e haja uma adequação aos novos paradigmas de mudança tecnológica, da produção e do uso de conhecimentos.
Quem quiser acessar o site:
 
 
www.dominiopublico.gov.br

Curtas Unicastelo

Em virtude da interrupção das atividades docentes na UNICASTELO e da aprovação do calendário de reposição de aulas para o mês de julho, o prazo de inscrições para o I Festival de Curtas UNICASTELO foi estendido. Agora, as inscrições poderão ser realizadas até o dia 29/10, respeitando os mesmos horários e local de inscrição. O evento também tem uma nova data para sua realização: sábado, 27/11. Um fôlego maior para que mais e melhores produções venham à luz! Ao trabalho, realizadores!
o site é http://curtasunicastelo.blogspot.com/2010/05/novo-prazo-de-inscricoes.html

sábado, 18 de setembro de 2010

Divisão dos Grupo - Profº Majô

Didatica da Educação Básica Profª Majô
24/09/2010 - Trabalho de dramatização

  Grupo 1 - Educação Tradicionalista 
- Aline
- Carlos
- Daniela
- Eliane
- Elizabeth
- Francisca
- Rosângela
- Silvia
- Tatiana


  Grupo 2 - Educação Liberalista   
- Cláudia Regina
- Cleide
- Delvani
- Josy
- Regina
- Rita
- Silvana


  Grupo 3 - Educação Tecnicista   
- Cristiane
- Fhabiane
- Kelly Fernandes
- Maria Aparecida
- Natália
- Thiago
- Vanessa
- Vanessa Aparecida


 Grupo 4 - Educação Sócio-Progressista 
- Ana Paula
- Clóvis
- Gislene
- Juliana
- Kelly Fontes
- Sabrina

domingo, 12 de setembro de 2010

Reflexões sobre atitudes que lapidam o comportamento.

A reflexão é uma qualidade indispensável a qualquer educador.

Quem educa deve saber o que quer.

Quem educa deve conhecer o educando.

Deve ser firme e suave e que uma ordem justa, quando dada, deve ser mantida.

As perguntas das crianças devem ser sempre respondidas com a verdade.

Deve esforçar-se em conseguir que as crianças pratiquem o bem pelo bem e não com a intenção de receber prêmio ou por exclusivo temor ao castigo.

Deve acostumar as crianças a falar com naturalidade e para isto, é aconselhável estimular, entre elas, o relato de suas obervações e experiências.

Deve levar as crianças a agir por si mesmas, a resolverem, tanto quanto possível, sozinhas, suas situações difíceis.

Permanecendo numa posição de espectativa está cooperando para que as crianças possam agir sozinhas e se tornem mais independentes.

Uma das finalidades essenciais da educação é fazer com que a criança de hoje e, conseqüentemente, o homem de amanhã se baste a si mesmo.

Reflexões sobre uma Aula de Desenho e pintura

Não se deve nunca fazer por uma criança, o que ela pode fazer por si só;

A criança reflete em todos os seus atos o ambiente em que vive;

Se a criança utiliza espontâneamente a mão esquerda para comer, jogar bola, segurar objetos, etc. ela é canhota;

Obrigar a criança a trabalhar e a comer com a mão direita é um erro grave;

Corrigir tal "defeito" pode trazer graves consequências como gagueira, timidez, repugnância geral pelo trabalho escolar, conflitos com os pais e mestres, insegurança geral, etc.

Os lápis e giz de cores são instrumentos de fácil manejo e de que a criança muito gosta;

A criança tem no desenho uma de suas atividades preferidas;

Através do desenho, a criança desenvolve sua capacidade de observação, a coordenação motora, o gosto artístico, adquirindo conhecimentos úteis e bons hábitos de camaradagem, disciplina e amor ao trabalho;

O desenho de imaginação é o mais indicado, sendo preferível o espontâneo;

Deverá haver, na sala de aula, à disposição das crianças, que deles se utilizarão livremente, de acordo com a preferência ou o interesse do momento, papel liso, em folhas grandes e espessas, lápis e giz de cores, estôjos de aquarela, quadro negro, cavaletes, brochas e pincéis.

Lembretes Importantes Sobre os Sentidos - O Tato.

A criança adquire noções concretas e exatas do mundo que a rodeia por meio de exercícios sensoriais.

Os jogos educativos destinados a exercitar os sentidos constituem um valioso auxiliar.

Nada melhor para exercitar os sentidos do que por a criança em contato direto com a natureza, fazendo-a observar as árvores, flores, pássaros, etc.

É útil o exercício que tem a finalidade de obter uma maior destreza e agilidade das mãos.

Entre dois e cinco anos é um período de desenvolvimento muito importante da vida humana.

Nesta idade a criança não só vê, escuta, como tem a necessidade de apalpar.

Para a criança não basta que lhe diga onde se encontra um determinado objeto, ela necessita vê-lo, apalpá-lo para tomar conhecimento de sua existência.

Para exercitar o sentido do tato nada melhor que a prática do modelado e do recorte.

Abotoar, amarrar, raspar, puxar, bordar, tecer, trançar, enfiar contas são excelentes exercícios.

Os jogos e exercícios sem auxílio da vista, isto é, com os olhos vendados são meios eficazes para identificar e distinguir superfícies ásperas e lisas, tecidos finos e grossos, lã e seda, forma e tamanho.

As atividades manuais estimulam e desenvolvem na criança a capacidade criadora de expressar seu pensamento

Sobre o Desenvolvimento da Linguagem.

No Jardim de Infância a linguagem da criança deve ser melhorada para que possa exprimir seu pensamento claro e preciso.

A linguagem deve ser desenvolvida de forma direta e todas as oportunidades que surjam devem ser aproveitadas.

O meio mais apropriado para desenvolver a linguagem é através da história, em virtude da tendência inata da criança de ouvir contar histórias.

Quando a criança gosta de uma história e se interessa por algum personagem quer ouvi-la várias vezes.

As crianças dever sentar-se à vontade em semi-círculo; ao ar livre, ambiente calmo para ouvirem com interesse uma história.

Outro meio de desenvolver o vocabulário e aprimorar a pronúncia é a memorização de quadrinhas e poesias.

As quadrinhas aprendidas devem ser rememoriadas de vez em quando para não serem esquecidas.

Sobre a Iniciação à Matemática e aos Números

Através das diversas atividades do Jardim, tais como jogos, brinquedos, modelagem, manuseio de pauzinhos, caixas, etc., a criança vai adquirir conhecimentos matemáticos.

Dessa iniciação dependerá muito seu interesse pela Matemática no decorrer de sua vida.

A Professora deve dar à criança oportunidade para observar tudo que a rodeia, contando, comparando, medindo, etc.

Deve a Professora aproveitar as situações reais, para a iniciação matemática.

A criança na idade pré-escolar é dotada de excelente memória .

É conveniente ensinar pequenas quadrinhas e canções envolvendo assuntos matemáticos.

A Professora, para dar conhecimentos numéricos, poderá dar exercícios como contar as rodas do automóvel, da carroça, as pernas da galinha, as patas do cavalo, etc.

Deve a Professora relacionar os números com coisas conhecidas da criança, a fim de auxiliar a formação de idéia geral.

No Jardim de Infância a Professora deve limitar seus ensinamentos à primeira dezena e em pequenos grupos de crianças.

Brincar com pequenos recipientes plásticos com líquidos dentro, ajuda a compreenderem o que vem a ser volume.

A medida do tempo e do espaço não deve ser esquecida.

Para esses ensinamentos deve ser levada em conta a capacidade da criança.

o comportamento da Professora do Jardim.

Jardim de Infância bem organizado contribue para a formação harmônica da criança em seus aspectos biológico e psíquico.

A Professora deve possuir sólidos conhecimentos de psicologia infantil e de didática especial.

A missão da Professora não é instruir, mas educar, criar hábitos, corrigir com suavidade e fineza.

No período em que a criança freqüenta o Jardim de Infância ela deve ignorar que está sendo educada e aprendendo, deve pensar que está somente brincando.

As atividades no Jardim de Infância devem ser tão bem conduzidas que a criança ao sair do Jardim deve recordar do mesmo com saudade.

A Primeira aptidão artística que se manifesta na criança é a musical, por esse motivo no Jardim de Infância deve-se cantar a toda hora e em qualquer ocasião.

As atividades manuais concorrem para a correção dos desajustamentos psíquicos motores.

A leitura de histórias desenvolve o grau de atenção e vocabulário da criança, preparando o terreno para a alfabetização.

Uma boa mestra aprende com os alunos antes de se propor a educá-los.

Pela observação, ela logo aprende sobre a índole de cada um, e assim, saberá o que pode melhorar, ou ao contrário, erradicar do seu educando.

Castigos são necessários para corrigir maus hábitos. Nessas ocasiões, deverá a educadora demostrar constrangimento, para que o mesmo perceba que cometeu uma falta ou excesso.

O castigo deverá ser sempre disciplinador e nunca punitivo.

Comportamento social e atividades criativas.

A criança se educa socialmente quando trabalha em grupo?

Quando a criança divide o seu trabalho com outros ou ajuda alguém, aprende a prática de hábitos de cortesia e ordem ?

Amando a criança compreenderá melhor suas fraquezas, tornando-se mais fácil sua educação ?

A bondade, aliada à firmeza, e não a rudeza de palavras, são um instrumento poderoso para conseguir a obediência da criança ?

Bons brinquedos e jogos inteligentemente dirigidos transformam o mundo da criança?

Dos quatro aos seis anos, a criança deve ter à sua disposição e em grande abundância, brinquedos e jogos de todo o tipo, que estimulem o seu espírito criador ?

Os materiais que estimulam a atividade criadora são papel em folhas grandes, papel de sêda, lápis, crayon, tinta, giz de cera, um quadro-negro, massas, brinquedos de recortes, caixas velhas de cartolina, etc, etc. ?

Os brinquedos que precisem ser puxados ou empurrados pela criança auxiliam-na a desenvolver o equilíbrio e aprender a andar e correr ?

Brinquedos de armar estimulam a habilidade ?

Brinquedos compostos de mais de uma parte, exercitam a coordenação do tato com a vista ?

Incentivá-las a dizerem o que estão sentindo, ajudam-nas a se expressarem melhor e torna-as mais humanizadas?

Quando são ensinadas a praticar a cortesia e a camaradagem, logo tornam-se naturamente mais sensíveis, mais serenas, menos ansiosas, mais reflexivas ?

Histórias no Jardim da Infância.

Historinhas são tão importantes para a criança, quanto a necessidade de brincar.

A professora de jardim de Infância deve contar histórias diariamente. Estas podem ser conhecidas ou novas, dependendo do interesse da turma, sendo que o número de repetições é ilimitado.

A escolha das histórias deve ser feita entre os livros de pouco texto, linguagem simples e com ilustrações grandes e sugestivas, atendendo às diferentes necessidades da turma.

Exemplo: A professora sabe, por informações dos pais, que uma das crianças do grupo tem problemas de alimentação; ela, então, poderá contar uma história do COELHINHO MANHOSO.

No preparo de um plano de trabalho atender-se-á a diferentes itens, dentre os quais:

  • Horário - Em jardim, com exceção das atividades em que a escola necessita que haja uma coordenação de horário das turmas (lavagem das mãos, merenda, higiene dentária, recreio, repouso), o horário não pode ser rígido.
  • As atividades deverão surgir do modo mais natural possivel e de acordo com as oportunidades.
  • A criança não deve sentir que há "hora da história". Para tal a professora deve usar todos os artifícios.  
  • Local e Arrumação - A professora poderá contar a história dentro da sala, no pátio, com as crianças sentadas nos degraus de uma escada, no jardim, etc.
  • Quanto à arrumação, as crianças deverão ficar de frente para a professora de modo que todas vejam perfeitamente o livro, a professora dramatizando a história ou o material que está sendo usado
  • Motivação - A criança não deve perceber que a professora deseja contar uma determinada história. Cabe a esta, pondo em jogo toda a sua habilidade, levar o interesse do grupo a um ponto tal que a história venha a ser solicitada pelo mesmo.
  • Apresentação da História - A professora precisa conhecer bem o texto da história porque ela não deve ler mas sim, contar; e contar com linguagem simples, ao alcance do grupo que a ouve.
  • A história deve ser contada com o auxílio do material (livro, desenhos no quadro negro, fantoches, gravuras, figuras dos personagens recortadas em cartolina, teatros de sombra e de vara, etc.) porque a criança de jardim precisa de algo concreto para poder seguir a sequência do que lhe está sendo contado.
  • Durante a história a professora pode, de vez em quando, solicitar a cooperação da criança - por exemplo: "... e agora, diz ela virando a página e mostrando às crianças; Olhem quem vem falar com o cãozinho ... isso mesmo o padeiro."
  • Este artifício poderá também ser usado quando a professora perceber que houve um momentâneo desinteresse das crianças.
  •  Comentário - Embora a história, para a criança, seja sempre apenas recreativa, a professora não deve deixar escapar esta esplêndida oportunidade de aumentar os conhecimentos do grupo por meio de comentários sobre a mesma.
  • Para isso, a professora, ao escolher a história, deve prever o que de interessante e útil poderá conversar com as crianças.
  • Exemplo: Numa história em que um cãozinho fala com pessoas de diferentes profissões, o assunto do comentário pode ser encaminhado para as "profissões" - as da história, outras que as crianças conheçam e algumas que a professora hábilmente lembra.

Algumas Brincadeiras de Alto Valor Didático.

  • Brincadeiras de adivinhações são excelentes para desenvolver a capacidade de abstração, concatenação e formação de idéias; 
  • Brincar com água é uma necessidade para todas as crianças nervosas ou difíceis e altamente benéfico para as crianças em geral;
  • Uma brocha de pintar ou pincel largo e um balde com água para pintar paredes da casa ou azulejos do banheiro é um brinquedo que fascina as crianças e desperta nelas o senso de limpeza;
  • Os jogos de silêncio e imobilidade são ótimos como exercícios de controle motor e auto-domínio;
  • Os brinquedos cantados são atividades de grande valor para a idade pré-escolar;
  • Brincadeiras ao ar livre devem começar com uma breve explicação da importância das árvores, animais, amizades, nossa família, etc. Isso desperta nas crianças amor à natureza e senso de cooperação.
  • Brincar de cuidar das plantas, regar o jardim, etc, são excelentes meios de despertar a sensibilidade ecológica, ou respeito à natureza, de todas as faixas etárias.

 

Atividades Diversas no Dia a Dia...

  • O desenho é uma atividade espontânea na criança.
  • Desenhar é tão natural como tagarelar, cantar, ou assoviar.
  • A criança desenha simplesmente porque tem vontade de desenhar.
  • O Jardim-de-infância não é um curso primário ou básico em miniatura.
  • Um bom brinquedo deve ser isento de perigos, simples, fácil de limpar, durável.
  • Uma tesoura (sem ponta) é um dos brinquedos que mais agrada a uma criança de 3 ou 4 anos.
  • É necessário saber ser criança para poder brincar com as crianças.  
  • O educador deve aproveitar todos os momentos para educar a linguagem e ampliar a experiência e vocabulário infantis.
  • Todas as oportunidades devem ser utilizadas para a iniciação matemática.
  • Deve-se preferir as atividades criadoras ao invés das dirigidas.
  • Por mais simples que seja uma tarefa, as comparações em relação ao desempenho individual, ou coletivo, devem ser substituídas por orientações que enfatizem o aperfeiçoamento.
  • Não há mal algum que os meninos brinquem com as bonecas, assim como fazem as meninas.
  • Os modernos pedagogos afirmam: "Se a menina cresce para ser mãe, o rapaz não virá um dia a ser pai?"

Sobre a Música e o Canto

Compreendendo a criança...

 

 
  • A música deve estar tão unida às classes menores, como as flores, as gravuras e as histórias.
  • A música é indispensável, pois tanto a ginástica rítmica, como a ginástica imitativa e os bailados devem ser executados ao som de uma música.
  • A música dá à criança alegria e espontaneidade.
  • Ao iniciar ou finalizar uma atividade devem ser usados cantos alegres que motivem e excitem os movimentos das crianças.
  • Os cantos de ritmo suave e sentimental são apropriados para a hora de repouso, ou para acalmar a inquietude infantil. 
  • Com um pouco de imaginação poderá criar jogos ou brinquedos que façam a criança espontaneamente cantar, dançar, etc.
  • A música, o canto e a dança são grandes instrumentos educativos que devem ser, freqüentemente, utilizados para desenvolver a capacidade de expressão, o sentimento artístico e a atividade criadora da criança.
  • A dramatização, com ou sem auxílio da música, de cenas da vida doméstica e da vida do Jardim de Infância desenvolve na criança o gosto literário e a aptidão para inventar.
  • Os recitais e os cânticos terão por objetivo o enriquecimento do vocabulário e o exercício da dicção.
  • O canto espontâneo, proporciona na criança, uma excepcional melhora em sua auto-estima, desenvolve sua auto-confiança, a torna mais serena e amável.
  • Cantigas de roda é um formidável instrumento para socialização, companheirismo, remoção da timidez infantil, quebra de ansiedade, despertar do sentimento de solidariedade.
  • Ao criar suas próprias letras para as músicas ou cânticos, ensina-se a criança o valor dos seus atos, tornando sua mente mais flexível, o que acaba por lhe proporcianar grande auto-confiança e capacidade de aceitar mudanças.

O Educador e o seu Mundo

Dizia ele que a vida lhe fora ingrata pois nunca tivera muitas chances de se afirmar como alguém bem realizado. Confessou que invejava amigos seus bem sucedidos, atribuía o sucesso deles ao amparo de suas familias, as posses dos pais, algo que jamais tivera. Agora, já maduro, questionava o objetivo da vida e via que havia uma grande injustiça deliberada para alguns em detrimento de outros. Por que os Deuses não vêem que esta injustiça existe, questionava amargurado. Fervoroso respeitador das leis religiosas com as quais se identificava, agora colocava em dúvida a validade daquilo tudo. O Respeito às leis e dogmas sempre cultuou sem desvio algum; afirmava, agora que via as recompensas não chegarem, sentia-se frustrado e de certo modo enganado. Comentou sobre alguns que isso ignoravam e mesmo assim sucesso na vida conseguiram.


É estranho o hábito inconsciente da busca do mérito para tudo o que se faz. Por que o mérito tornou-se o alvo de nossas vidas, o seu oposto, será para sempre a sombra que dará vida e solidez aos nossos conflitos. Por que a obrigação tornou-se a força motriz de nossas ações? Pode algo feito por obrigação, trazer-nos satisfação duradoura, nos dar a paz que tanto buscamos e sequer sabemos o que é?

Achamos que o verdadeiro papel daquele se propõe a educar, seria ensinar ao seu discípulo, o pensar por si mesmo, não é verdade? O pensar independente, o suscitar a dúvida, livre das instituições criadoras de obrigações, motivando o despertar da essência criativa, que é a verdadeira fonte de inteligência do ente, que começa com o questionar a validade do modelo que os costumes induzem, como base para seu comportamento, como ente social, sem direito a contestações.

A frustração do indivíduo como ente social, é diretamente proporcional a quantidade de méritos que o mesmo espera obter na vida. Esse objetivo, que na verdade não é seu, é a programação básica obrigatória instituída, já ao nascer, pelas religiões, tradições, por toda mentalidade atuante no seu meio, e que determinará todos seus anseios, vontades, medos, sua conduta pelo resto da vida. Esta indução é incondicional, inconsciente, sem atributos que suscitem rejeição ao modelo, cujos dogmas e códigos estabelecidos como verdades, interpretam a dúvida e o questionar como algo indecente, pecaminoso, fonte de culpas e pecados.

É fato que o modelo tradicional de educação de todos os povos são falhos. Não fossem, o cidadão sensato, em paz com seus anseios, livre de culpas e dogmas, cordial e delicado com seus próximos, cuja conduta em parte é resultado dessa educação, já se faria presente, mas, não é o que ocorreu, não é o que vemos hoje em nosso mundo. Um ente mesquinho, violento, tendencioso ao extremo, angustiado, depressivo, criador de todos os tipos de medos, incapaz de viver em harmonia, é o resultado dessa educação, modelo predominante no mundo. É um modelo apoiado no eterno dar para receber, criador de castigos para os alheios ao modelo, incentivador da disputa, da vaidade pessoal, da busca ao poder como meta principal. Onde existe busca ao poder, sempre haverá opressores e oprimidos, vencedores e vencidos, ricos e miseráveis, falta de respeito para com o semelhante, discriminação, superiores e inferiores, insensibilidade, apego e culto ao individualismo, alimentador do Egocentrismo mórbido da espécie humana.

Sabendo-se que o modelo educacional do mundo seria falho, qual seria então o papel do preceptor verdadeiramente interessado em dar aos seus discípulos a educação correta, aquela que promovesse a chama do descontentamento no espírito humano, o despertar da sensibilidade, o despertar da inteligência como fonte real de liberdade do ente, que poderia lhe trazer a paz que tanto anseia?

O despertar da inteligência é o único e verdadeiro caminho para a conquista da paz entre os seres, da eliminação de todos os seus conflitos interiores e exteriores, da eliminação definitiva de todos os seus medos, do despertar do ente que poderá de fato promover uma mudança concreta em seu mundo, uma mudança que é movimento criativo, criando assim um caminho válido para um viver em harmonia, onde o respeito pela vida seria seu único objetivo.






A sensibilidade só desperta com a inteligência
Inteligência certamente não é isso que conhecemos, não é o conhecimento acumulado, não é a capacidade de formular pensamentos lógicos, não é o saber qualificado, especialista, que são apenas qualidades deformadas, mas próprias, de um ente que criou e alimenta o individualismo como entidade válida, que por sua vez é incapaz de criar estabilidade e bem estar ao mundo onde vive e morre.

Onde começa e onde termina o interesse pessoal, e o que limita o interesse pessoal do interesse do outro? Podem pessoas motivadas apenas por interesses pessoais, promoverem de fato uma mudança em si mesmos, capaz de refletir no modelo do mundo? O interesse de um é limitado pelo interesse do outro, ou esse limite é determinado pela força do mais capaz sobre o menos dotado? Poderia haver a possibilidade do interesse individual ser único entre todos os seres, ser apenas o interesse da humanidade, da paz entre todos?

Reconhecer que nossos conflitos, em casa, no trabalho, com os amigos, com nossos medos, é a causa da miséria no mundo, das guerras, da degradação dos povos, do ente brutal que somos, e que tem na educação falha um forte aliado, já seria o começo da inteligência. Esse despertar começa com o surgimento da humildade, que se transforma em atenção e depois em resultados que criarão um movimento finalmente capaz de promover uma mudança válida em nossa forma de agir e de ver o mundo.



Ao negar a compreensão do ser, com suas angústias e conflitos infinitos, como fonte de todos os problemas da humanidade, a educação, centrada apenas em formar cidadãos especialistas e ávidos de obter sucesso, condenou o ser humano à degradação, a falta de respeito mútuo, e sedimentou de vez todas as bases da mentalidade deformada que ora domina a humanidade.

O preceptor que está verdadeiramente, seriamente, preocupado com a educação, deve se concentrar no ser humano como indivíduo, e buscar procurar entender como esse indivíduo funciona psicologicamente dentro do seu meio, como interage com o mundo, o que é ele em sua essência e não apenas nos aspectos externos que demonstra quando está em sociedade. A sociedade não é o indivíduo, mas o indivíduo inserido nela é produto de suas imposições, de seus contrastes, do seu domínio. Ela criou o indivíduo que vemos em ação, não uma ação que representa o indivíduo como ser, mas, uma ação completamente deformada que retrata apenas um ser mercadoria, impessoal e mesquinho, criação desse condicionamento social que é responsável pela degradação dele mesmo.

Educar é primeiro entender a natureza essencial do ser humano, e o preceptor, interessado que está nessa educação que exige uma ação nova, que criará um movimento realmente modificador, deve tentar descobrir o que é o ser humano; não o ser humano produto do meio, mas sua essência como ente responsável por seus atos; não o ser humano resultado de seus conflitos, mas o ente que existe por trás destes conflitos.

O ser humano como existe atualmente é produto de todos os conflitos e medos que a humanidade cultivou por toda sua existência, e no fundo desse ente existem duas entidades que eternamente lutam entre si, degladiando-se para ver quem predomina. Estas entidades não estão separadas e são na verdade uma só; uma é a personificação do ente, o papel que desempenha como ente social no seu meio, produto da programação que o próprio meio lhe incutiu desde a infância e mesmo antes desta, o Ego; a outra, sua essência real, o ser humano como realmente ele é, sem máscaras, sua verdadeira natureza.

A causa do conflito entre as duas realidades, é que apenas uma é verdadeira, mas a falsa que é sua Ego-personalidade é aquela que predomina, que o caracteriza como ente que age, que sofre, que alimenta e mantém seus conflitos vivos. O ser humano, por negar justamente sua essência básica, seu eu real, criou o Ego que é aquela entidade que vive em um mundo não real, um mundo diferente da realidade das coisas. Nesse mundo artificial, onde as religiões, os padrões sociais, os dogmas, as conveniências instituídas, criaram seu próprio conceito de errado e certo, a ilusão do vir-a-ser tornou-se uma obsessão, a razão do viver.

Precisamos entender, que nós como seres humanos, somos também animais, não é verdade isso? Não podemos negar o fato de que somos animais, animais lógicos, dotados de razão, diferentes em mente daqueles irracionais, mais iguais a eles em instinto básico, e quanto a isso nada podemos fazer, gostando ou não somos animais, e todo instinto animal ainda em nós predomina. Assim, isso é um fato, e diante de fatos contestações não tem validade alguma, é imaturo e infantil, uma verdade existe sem depender de opiniões.

Desse modo, como animais, herdamos toda sua irracionalidade, caracterizada pela violência, pela insensibilidade à dor alheia, pelo egoísmo, pelo desejo de dominação dos mais fracos e tantas outras coisas. Desejando o preceptor de fato conhecer a natureza humana, único meio de realmente começar uma educação séria, deve ele estar ciente desses fatos, e se for de fato sério como educador, ardoroso em querer modificar de forma construtiva seu mundo, deve começar observando a si mesmo. Afinal, ele como ser humano é igual a todos os outros, e, se tiver amor pelo que faz, deve primeiro se observar, se conhecer. Assim, com o tempo, verá em si, a natureza de todos aqueles que se propõe a educar, e, desse modo poderá de fato eficiente ser em seus propósitos.

Ora, sendo o ser humano pela herança do animal irracional que habita em si, violento por natureza, por que então negar esse fato em detrimento de um Ego que lhe diz que isso é feio, é errado, é contra a ordem das coisas? O fato de sermos violentos e nos reconhecermos como tal, não quer dizer que vamos praticar a violência, mas negar isso, o fato de sermos violentos, isso sim constitui uma violência. Assim, está o Ego diante de um paradoxo, sabe que em essência o ser é violento e irracional, mas seu condicionamento diz que isso é errado, e imediatamente surge o conflito entre o que é, que é o fato de ser violento, e o que deveria ser, que é a não violência.

Negando o que somos, o Ego faz isso, criamos o conflito. Reconhecer nossa verdadeira natureza, que é a violência, sem condenações, sem argumentos que justifiquem tal coisa, estamos criando em nós um estado de humildade que pode ser o fato novo que precisamos para mudar. Quanto ao fato de sermos violentos, nada podemos fazer, disso só nos livraremos na morte, mas, o reconhecer isso como um fato é um ato de amor, que exige uma atenção nunca dantes praticada, e, esse perceber, por si só já é a mudança. Sabendo, depois percebendo, depois sentindo, que somos violentos e que quanto a isso nada podemos fazer, desperta no ente um estado de compaixão que transcenderá o estado de violência. Entenderá então a natureza humana, verá a insensatez da manifestação desse estado, causador de todas as desgraças da humanidade, e saberá que o estado de violência o acompanhará pelo resto da vida, é verdade, mas que jamais em si se manifestará como estado válido.

Precisamos refletir bastante sobre o novo papel do preceptor que deseja um ser humano novo, livre dos condicionamentos que criaram toda angústia e sofrimentos do mundo, que certamente conduzirão o homem ao caos e as guerras, a deformação completa da sua natureza original.

Novas posturas, para as velhas relações, com os filhos e com a Escola

Nossa sociedade mudou, temos uma inversão de papeis e valores, mais informação do que podemos absorver, a mulher trabalha fora, o avanço tecnológico foi grande, a família mudou, a criança mudou, o aluno e a escola também mudaram....Tanta mudança gera confusão e expectativas.

Buscando proteger os filhos das mudanças, os pais estão oferecendo proteção excessiva, ao invés de desenvolver as capacidades dos filhos para que eles vençam na sociedade. A família está perdida e acaba achando que a escola é que tem que educar seus filhos. A família é responsável pela educação e a escola, pela formação de habilidades para competências na vida adulta.


Neste contexto, o melhor que podemos fazer por nossos filhos é sermos consistentes na sua formação desde bem pequenos, a frustração, o não dito com firmeza, as tarefas diárias, o dinheiro regulado, o tempo bem distribuído, entre outros limites, favorecem a conscientização cidadã. Mas, nada disto terá qualquer significado se não for mediado pelo exemplo dos adultos; nossos filhos são frutos do meio, porém é na relação familiar que os verdadeiros valores se formam e se consolidam. De nada adianta os pais darem limites, como assistir à tevê só em determinadas horas, proibir certos tipos de música, cobrar respeito ao próximo, exigir que não falem palavrão, se eles burlam as leis e os valores morais e adotam a postura: "faça o que eu falo, mais não faça o que eu faço". Suas atitudes valem mais que mil palavras. Busque ações simples e concretas que possam ajudar seu filho a assumir responsabilidades de forma coesa e correta, como por exemplo: peça a seu filho, principalmente os menores, para que o ajude com os afazeres (guardar os brinquedos, limpar a mesa ou guardar a roupa limpa), comente com eles os programas e musicas atuais, coloque-o a par da realidade financeira da família. A criança que aprende ter responsabilidades desde de pequena, sai melhor na escola e na vida!

Lembre-se: "a palavra convence, o exemplo arrasta". Seja um modelo a ser seguido, que lê, acha a aprendizagem emocionante, gosta de resolver problemas, tentar coisas novas e que respeita a si mesmo, o outro e as regras da sociedade.

Na relação com a escola, esteja seguro da escolha que fez e dê espaço para a escola trabalhar. Demonstre respeito tanto pelo sistema escolar quanto pelo professor. As acusações verbais contra a escola podem engendrar em seu filho sentimentos contrários à escola e dar a ele um pretexto para não se esforçar. Mesmo quando não estiver de acordo com uma política da escola, é seu papel estimulá-lo a obedecer às regras da escola, assim como precisará obedecer às regras mais amplas da sociedade. Caso esteja descontente com a escola, procure o responsável e converse com ele.

Como pais, não questionamos o pediatra, o dentista, no máximo sugerimos, mas na escola nos achamos no direito de dar palpites de determinar ações, de corrigir a metodologia ou a proposta educacional. Será que, nos pais, somos os especialistas nesta área?

Quando a criança entra na escola, ela começa a aprender a enfrentar a vida por conta própria. E, se os pais insistem em intervir nesse processo, só um sai perdendo: a criança ou o adolescente. Quase todos os pais têm a "mania" de perguntar aos filhos como foi o dia na escola. Isto é positivo, ajuda-o a sentir que a escola é importante para a família, porém, quando isto se torno uma cobrança, onde o filho é obrigado a falar sobre a escola, se transforma em um desrespeito. É preciso que os pais entendam que a escola é o primeiro lugar onde os seus filhos têm controle sobre uma situação que eles (pais) não têm. É o primeiro sentimento de privacidade! E é preciso que os pais respeitem isto. A criança não querer comentar sobre a escola, não significa que não goste da escola.

Na escola, seu filho deverá compreender que os deveres de casa, os trabalhos escolares e as notas são questões estritamente entre ele e seus professores, que deverão estabelecer as metas para atingir um melhor aproveitamento escolar. Seu filho deve sentir-se responsável pelo êxito e pelos fracassos na escola. Muitas vezes por ansiedade ou por necessidade de controle, invadimos o espaço escolar, a intenção sempre é a melhor, porém corremos o risco de passar a mensagem errada, assumindo a responsabilidade de estudar no lugar de nossos filhos. Os pais que se sentem responsáveis pelo aproveitamento escolar de seus filhos abrem a porta para que seu filho passe a responsabilidade disto para eles, os pais. Isto é muito comum na hora do "Para Casa", a cena é: pais cobrando e filhos enrolando. Não se torne o responsável pelo dever de casa. De autonomia para seu filho e também demonstre que confia em sua capacidade.Já pensou ao invés de cobrar o dever de casa, perguntar a que horas ele irá fazer e se irá precisar de algo específico para as atividades. Isto é ser parceiro no processo e não o dono do processo.

Assumir a responsabilidade pelos deveres de casa ajuda as crianças a crescerem e se tornarem adultos responsáveis que cumprem suas promessas, respeitam seus limites e triunfam em suas tarefas. Um dos principais objetivos do dever de casa é ensinar a seu filho como trabalhar por conta própria. Por outro lado, não se esqueça é muito importante que ele perceba sua atenção aos deveres de casa e também às atividades diárias da escola. Só não se esqueça de respeitar os diversos ritmos de aprendizagem, cada um tem o seu ritmo e o seu tempo, não dá pra ficar comparando, mesmo que o seu filho e o filho do vizinho tenham a mesma idade e estudem na mesma escola.






A boa colheita depende da semeadura
Tudo que aqui foi dito, precisa ter como pano de fundo, uma escolha consciente pela escola para seus filhos. Hoje existem inúmeras propostas e metodologias, cabe a cada família buscar aquela que melhor ira complementar a formação que deseja para seus filhos. Gostaria apenas de ressaltar ainda, a escolha da escola para os pequenos, na educação infantil, a criança não vai para escola só pra brincar, a educação infantil é a base para a vida escolar; de 0 a 6 anos aprendemos comportamentos que iremos precisar para a vida inteira, é também o período que temos a maior capacidade de absorver informações. Assim escolher uma escola neste período requer muita seriedade e comprometimento. As formas de ensinar são lúdicas (brincadeiras muitas vezes) mais a intencionalidade é que faz toda a diferença.



Para terminar, como educadora e mãe, deixo algumas sugestões:
Trabalhe junto com a escola. Escola e família têm papeis diferentes, mais um objetivo comum. Respeite o espaça de cada um.
Pergunte sempre a seu filho, como foi o dia na escola, mas não cobre uma resposta. Respeite sua privacidade.
Compreenda que a responsabilidade das tarefas de casas é do seu filho.Seja parceiro quando necessário, mas não assuma a responsabilidade. Permita que ele arque com as conseqüências. Ah! Lembre-se que não é objetivo de um bom dever de casa, manter seu filho ocupado, assim não deve ser em excesso.
Estimule-o a pensar por si só. Deixe que ele resolva os seus problemas, busque alternativas, ache soluções.
Não torne o horário de estudos uma batalha, negocie e estabeleça metas. Cobre os resultados.
Preocupe-se menos com a nota e mais com a aprendizagem.
Confie na escola e caso tenha duvidas resolva-as com a escola e não com outros pais ou com seus filhos.
Escolha bem a escola que irá matricular seus filhos, visite-a e conheça seu Projeto Político Pedagógico, após a escolha acredite em sua proposta e aceite sua forma de trabalhar.
Ao ir ao shopping, visite também as livrarias com o seu filho.
Lembre-se: "a palavra convence, mas o exemplo arrasta" Seus comentários e principalmente suas ações influenciam diretamente na vida escolar de seus filhos.

Na Plenitude da Felicidade, cada dia é uma vida Inteira

Nossas contradições revelam quem somos
A velhice é, e deveria ser considerada por todos, um tempo maravilhoso da vida. É parecido com o clássico entardecer do dia, quando as pessoas mais sensíveis param e se permitem curtir o espetáculo do pôr-do-sol, percebendo, mesmo sem entender, que há algo muito maior e mais importante do que a busca frenética e mesquinha pelo dinheiro, pela fama e pelo poder, na qual está empenhado o mundo.

A velhice é o tempo da contemplação, da pausa, do descanso e da reflexão. É ao entardecer que voltamos para casa e para nossa família, ansiosos para contar como foi o dia. É o momento mais oportuno para recobrarmos nossas forças, renovarmos as esperanças (nossas e dos outros) e planejar o dia seguinte.

Contudo, está contido na velhice assim como nas atividades do entardecer, dois elementos fundamentais e imprescindíveis para o desfrute pleno de uma vida tida como digna: Considerar-se produtivo e sentir-se amado. Daí a vital importância e incisiva influência do trabalho e dos relacionamentos em nossas vidas, cuja harmonia biopsicosocial e espiritual dependem.


Percebo que de todas as queixas dos idosos, as menos significativas para eles são: A dor, a escassez financeira, as limitações físicas e as doenças. No entanto, o semblante desses guerreiros imbatíveis se desfalecem instantaneamente quando expressam sentimentos de menos-valia, dizendo que já"não servem para mais nada" ou quando relatam abandono, quer seja pelos entes queridos ou por aquelas pessoas de quem se esperava alguma gratidão ou consideração nessa fase da vida.

Em sua maioria, a essência subjetiva de qualquer queixa está vinculada a essas duas últimas, improdutividade e falta de amor, simbolizadas pelas nuanças pertinentes à idade e pelo abandono vivenciado pelo idoso, respectivamente. Uma perfeita compreensão dessa dinâmica, conseqüentemente, proporcionará ao idoso uma nova indicação de como proceder em cada caso. E, ao perceber que se vive assim para certificar-se ou justificar-se de possíveis fracassos sua energia psíquica logo se direcionará para atividades mais prazerosas e produtivas, melhorando consideravelmente seu bem-estar psicosocial e, inclusive, amenizando as dores e doenças psicossomáticas.

O mais importante, ante essas situações, é perceber os valores pessoais, as experiências que se adquiriu ao longo da vida e elaborar um "plano de ação" para esse tempo da vida. De qualquer forma, é necessário que haja incentivos e ações suficientemente poderosos para superar a auto-crítica depreciativa e sobrepujar as forças retardadoras para o desfrute de uma velhice feliz. A par dessas possibilidades, conseguir aceitar a si mesmo em suas condições já constitui, por si só, um feito extraordinário. O alívio gerado pela libertação dessas amarras, melhorará a qualidade dos relacionamentos com os outros e consigo mesmo, tornando o idoso mais forte emocionalmente. E quanto mais emocionalmente forte estiver um idoso, menos se sentirá ameaçado pelas outras pessoas ou pelas circunstâncias. Daí para o "produzir" é um pulo, afastando o tédio, a tendência ao vício e a tristeza. Quanto ao amor, mais vale um amigo por perto do que um parente longe. Aprenda a valorizar as pessoas que se importam com você e estão dedicando suas vidas ao seu conforto e bem-estar ao invés de gastar esse tempo tão precioso com aquelas pessoas que não estão nem aí para você.


Em qualquer fase da vida a capacidade de se adaptar ao novo é essencial para gozar o prazer em viver, quer seja (re)aprendendo com o mais novo ou com o mais velho, quer seja ensinando ao mais novo ou ao mais velho. Assim, muitos são os motivos pelos quais é possível que a velhice seja um período prazeroso, produtivo e emocionante da vida. Seja qual for sua idade, se se julga velho ou novo, traga à memória somente aquilo que lhe pode dar esperança. Curta intensamente cada momento do dia, pois afinal, como bem disse, aos 86 anos, o poeta e escritor alemão chamado Goethe: "Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira".

As Façanhas do Adulto Infantilizado

Alguns especialistas preocupados com o desenvolvimento infantil, especialmente a formação moral e as suas implicações sociais, descrevem um ponto interessante a respeito da mentira. Após alguns estudos já desenvolvidos há anos, constatou-se, por meio da observação sistemática em laboratórios de psicologia, que, via de regra, a criança mente por medo. Ao perceber que uma punição se aproxima, em resposta a algo condenável que tenha feito, ela se defende mentindo, procurando se esquivar do castigo que lhe assusta. É claro que a educação deve contribuir para o aperfeiçoamento do ser humano através da compreensão que vai construindo sobre se romper com a fuga e assumir as responsabilidades, proporcionando, oportunamente, uma vida adulta madura.


Durante o período da infância, basicamente, os comportamentos se repetem. A mentira é afirmada com rapidez e, conforme cada criança, varia a maneira de apresentá-la, sendo menos ou mais convincente conforme a sua apresentação. Ou seja, cada um se encontra num estado emocional no momento em que é submetido a um interrogatório que visa uma resposta acerca da verdade. Desta forma, alguns podem vacilar e outros não, revelando, assim, uma suspeita ou não na investigação. Durante anos, o ser humano age utilizando este artifício para fugir da dor causada pelo crescimento. Todavia, o sofrimento gerado pela necessidade de se crescer é fundamental. Não obstante, o atraso neste processo ganha tempo e avança a idades despropositais, levando muitos adultos a se comportar de forma infantilizada em várias circunstâncias nas quais deveriam encarar, de frente, os próprios atos. E, ao contrário do que se espera, agem como crianças.

Um exemplo comum deste fenômeno é o roubo, seja ele praticado diretamente à vítima, seja por algum tipo de sistema como os mecanismos organizacionais da vida pública e privada. A resposta comportamental quando o autor do crime é pego é a de negar imediatamente - respeita-se aqui o direito de defesa e o fato de ser inocente em alguns casos. Contudo, nas circunstâncias em que as provas denunciam o acusado, ele foge na tentativa de escapar da punição e, conseqüentemente, perde a chance de crescer. O adulto infantilizado rouba de si próprio a oportunidade de amadurecer e desfrutar dos benefícios proporcionados pela maior plenitude que o aguarda. Ressalta-se o fato de que muitos pretendem se esconder atrás do comportamento coletivo, buscando com isso o reforço na maioria. Neste caso, a pessoa se despersonaliza e some em meio ao seu faz-de-conta.

Outra situação corriqueira diz respeito às pessoas que se vingam daquelas que discordam das suas opiniões ou que afrontam por se manter firmes em seus propósitos, que não atendem a algum pedido tão prontamente, que não se curvam aos desmandos do poder usado indiscriminadamente, etc. Primariamente, a criança age desta maneira e se expõe ao revelar os seus sentimentos, tornando claro o motivo que a leva a responder vingativamente. Entretanto, o adulto, por sua capacidade de articulação intelectual, torna-se traiçoeiro, haja vista ele esperar um momento oportuno para causar surpresa em sua vítima e lhe aplicar o golpe planejado. Como se não bastasse, ainda se engrandece prazerosamente com a pequeneza praticada. É um ato infantil misturado à astúcia e a maldade, visto a inteligência oferecer a escolha por uma decisão madura ou não.

São muitas as façanhas realizadas pelo adulto infantilizado, tal e qual as empregadas pelas crianças, na intenção de afastar qualquer ação punitiva. Os pequenos, mal sabem o significado que tem a aprendizagem moral e tampouco a repercussão nos anos vindouros. Mas tal fato é parte da educação infantil e, nos parece, também o diz respeito à reeducação adulta para os casos específicos. Resta saber, porém, se a vaidade e o orgulho permitem qualquer tipo de consciência acerca desta questão e a necessária mudança para o progresso e proveito da vítima de si mesma, cujo impedimento ocorre quase que por conta de sua cegueira e infantilidade.

A aprendizagem é um direito irrevogável do ser humano. O direito à mudança merece especial atenção e aproveitamento em qualquer época da vida. Valer-se dos recursos de crescimento é sinal de boa vontade e avanço na maturidade. Ser maduro, por sua vez, é ter uma personalidade singular com boa capacidade crítica para separar o que é bom para si e o que é apenas desnecessário.

Para Educar é Preciso Mudar

Quando você decide usar maior rigor na educação dos filhos parece que a sua mudança não adianta? Antes você sequer conseguia deixá-los de castigo? Agora compreende a importância de colocar limites rigorosos. Porém a prática é difícil? Você tem se esforçado, mas parece que não tem jeito? Além de frustrante, a raiva parece tomar conta de você? Sente-se em tortura constante?


Experiências desgastantes ocasionadas pela tentativa de educar os filhos são comuns e causam todo tipo de sentimento, principalmente o de impotência e incompetência. Somos tomados pela desesperança e nos entristecemos. Embora nos preocupemos com a educação e o futuro dos filhos, o convívio presente tem proporcionado obstáculos consideráveis. O que está errado? Essa parece ser uma pergunta constante em nossas cabeças, levando-nos a misturar mal-estar e culpa. Nos desequilibramos ao comportarmo-nos de forma descontrolada em diversas ocasiões.

Por que não dá certo se mudamos algumas atitudes em relação à educação dos filhos? Não obstante, devemos nos perguntar também: Será que eu mudei o suficiente para alterar o que pretendia? Por acaso eu tenho agido apenas na superfície dos acontecimentos e não no fundo da questão?

Um exemplo é quando decidimos sermos mais duros na maneira de falar e cobrar, além de dirigir algum castigo aos filhos. Fazemos essas coisas num momento de ira, e não com o necessário equilíbrio, ainda indisponível internamente. Por conseguinte, com o passar de pouco tempo, sentimo-nos mal pelo que fizemos, não em relação ao ato, mas a forma adotada. Reconhecemos a atitude inadequada e voltamos atrás na decisão. Agimos assim comumente. Os filhos, por sua vez, percebem a tentadora oportunidade de escapar aos desprazeres da educação, criando, então, uma resistência cada vez maior.

Ao refletirmos sobre a situação é possível perceber que mudamos por fora, por meio de alguns comportamentos, e não por dentro, pela consciência e transformação decorrente. Quando mudamos internamente agimos com maior justiça e propriedade. Ainda que estejamos em constante aprendizagem na educação dos filhos - ninguém nasce com este saber - ajuda muito possuir equilíbrio para manter o que merece manutenção, a exemplo de deixar os filhos experimentarem os próprios sentimentos e percepções, ainda que ruins, ocasionados pelo limite da educação, e não impedi-los de tal sorte. Falamos uma coisa e fazemos outra.

Via de regra, tomamos decisões contraditórias ao que dizemos em razão do que sentimos em nós, e não no que eles sentem de fato. Misturamos problemas pessoais e questões mal resolvidas às percepções que temos dos filhos. Algumas de nossas experiências, especialmente as infantis, confundem-se na educação. Não o fazemos de propósito, pois nem percebemos. Todavia, precisamos cuidar deste tipo de confusão através de ajuda especializada, com psicoterapia. Através da terapia é possível enxergar coisas que ainda não vemos, porém nos dizem respeito. Podemos obter melhor qualidade de vida e estender tal benefício aos filhos, oferecendo-lhes educação mais adequada, aumentando a visão do que deve ser feito para se propor limites com maior ponderação. Para educar é preciso mudar de dentro para fora. Pais e filhos ganham.

Socorro! Está Impossível Educar o Meu Filho

Mediante as dificuldades cotidianas de se educar os filhos, vê-se a necessidade de agir com maior rigor, utilizando-se de um planejamento a ser compreendido e discutido entre todos aqueles que convivem com as crianças. É importante criar um método que ajude no processo educacional dos filhos. Não obstante, agir organizadamente traz mais harmonia para dentro dos lares, além de gerar a gostosa sensação de se estar cumprindo a vital missão: educar o ser humano para uma vida mais plena.


Faz-se necessária a lembrança de que a educação infantil deve acontecer em casa, e que à escola compete a formação acadêmica, acrescida de alguns valores. Portanto, é um casamento de forças educacionais e não um jogo de empurra-empurra, no qual a criança deixa de ser educada e de quebra sente-se um transtorno. A educação leva tempo, não ocorre da noite para o dia. Ela é um processo. Não somos máquinas programáveis, somos gente, que necessita de desenvolvimento e maturidade para tornar a vida melhor.

Os últimos tempos têm dado amostras de resultados desastrosos de uma educação com baixos limites em sua estrutura, além da bola-de-neve dos relacionamentos ruins que são desenvolvidos, parte como conseqüência deste equívoco. Contudo, a natureza é especial, e as possibilidades favoráveis são ilimitadas. Para aqueles que despertam com nova esperança em seus corações, encontrarão força para fazer a diferença, de seu jeito particular, próprio de cada família.

Destacam-se alguns pontos-chave no processo de educação. Eles determinam o grau de êxito em cada caso. São o sacrifício, acordo, objetivos, conhecimento, paciência, firmeza e perseverança. Acrescente outros itens que desejar e melhore ainda mais este encontro de boa vontade na educação dos filhos.

1. SACRIFÍCIO: A tarefa da Educação requer sacrifícios como o da paciência, perseverança e firmeza. Tudo tem um preço na vida. Compreender o resultado do sacrifício ajuda a tornar o custo mais leve. Há tempos as pessoas evitam os sacrifícios, cujo termo significa: privação de coisa apreciada.

2. ACORDO: Todos os cuidadores precisam conhecer e estar de acordo, e agir em parceria. Assim, a força estará concentrada na união e na aprovação sobre a forma de se educar, em comum acordo. A criança percebe o conjunto coerente.

3. OBJETIVOS: Estas tarefas de Educação visam a educar a criança e, conseqüentemente, trazem mais harmonia para o lar. Todos devem ter conhecimento acerca do que se pretende com a educação.

4. CONHECIMENTO: A criança, a partir de 2 anos de idade aproximadamente, testará e contestará os pais, utilizando-se da famosa birra (choro, esperneação, etc) como instrumento para esta finalidade “Quem não chora, não mama”.

5. PACIÊNCIA: Sem a paciência desistimos de nossos projetos, com ela, nos alimentamos diariamente, dando forças para a firmeza.

6. FIRMEZA: Manter a prática firme da educação e criar o seu hábito levam a consistência e a segurança da criança. Lembre-se que o tempo gera o hábito. O hábito gera economia.

7. PERSEVERANÇA: No dia.a.dia é que se constrói a educação, portanto, a sua manutenção persistente é fundamental. A constância permite um resultado bem melhor.

Vale lembrar a questão humana presente na vida familiar: o quanto se está envolvido com os filhos e as influências causadas nos pais em virtude de seus comportamentos. Ou seja, tolera-se ou não certos comportamentos infantis de acordo com algumas experiências passadas dos pais, tais como o choro, as dificuldades, etc. Os pais podem estar “cegos” mediante certos comportamentos dos filhos. A história de vida é singular. Cada um tem a sua, inclusive a criança. Misturar as estações só dificultará o processo educacional, e de convivência. Não é tarefa fácil, todavia vale a pena.

Outra questão é o sentimento de culpa é comum nos pais, em virtude do pouco tempo que passam juntos com os seus filhos, pelo baixo ânimo e paciência que oferecem após um dia de exaustivo trabalho, além do acúmulo de noites mal dormidas, etc. No entanto, a culpa apenas dificulta a educação, diminuindo as chances de se praticar o que é necessário. Os pais acabam invertendo as prioridades, dão o que não deve, a exemplo dos presentes. Não compre os filhos com coisas, compartilhe educação.

Algumas regras colaboram no processo da educação infantil:
1. Estar disposto a certos sacrifícios.

2. Manter comunicação constante. As conversas fazem parte da educação.

3. Não atender as birras, mas aos pedidos.

4. Expor à criança que só será atendida se pedir em tom de voz normal.

5. Evite usar os personagens de televisão para amedrontar ou punir os filhos, faz mais sentido alegar que são os pais ou cuidadores que estão educando.

6. Não voltar atrás.

7. Oferecer algum tempo diário para se dedicar aos filhos, carinho, brincadeiras, etc.

8. Evite a contradição entre o que é dito pelos pais. A criança se sente confusa e dividida.

9. Os pais são o modelo a ser seguido. Pense que tipo de modelo é o seu.

10. Não acredite que o tempo, por si só, dará jeito na situação. Não haveria sentido em existir a educação.
O pedido de socorro emitido pelos pais é compreensível, porém, a criança também grita por ajuda. A birra é uma forma de saciar os prazeres infantis, entretanto, quando atendida, ela agrada e ao mesmo tempo gera um mal estar na criança, que precisa de educação. Quando nos sentimos sem apoio (limites), a angústia é a sensação que expressa tais circunstâncias. O sacrifício de manter a educação é a luta diária que cabe aos pais, e que tem como recompensa a boa formação. Sacrifício requer uma cota de entrega. Em Efésios 5:2, temos: “e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave”.

Pense profundamente sobre a entrega que deseja empreender. O método que persiste é aliviado pelo tempo. A criança aprende e cria os seus mecanismos próprios. Creia nela e em suas possibilidades de educação.

Carta Ao Professor Ezequiel Canário

Caro Amigo,

Nós, professores como você, expressamo-lhe nosso repúdio e solidariedade, a partir do triste episódio ocorrido numa escola pública municipal de Recife, no último dia 4 de maio, quando alguns alunos o agrediram física e covardemente. Nós, seus amigos e irmãos, embora desconhecidos, convivemos diariamente com vários tipos de violência, em diversos lugares desse país. Outro dia, prezado Ezequiel, um outro colega nosso de profissão levou um safanão no rosto de um aluno, porque colegas de turma prometeram uma certa quantia em dinheiro (resultado de uma “vaquinha” feita entre eles) a quem realizasse a complicada missão. Espantou-se? Tem mais: uma mãe, ao chegar no corredor de uma escola para tratar sobre o comportamento do filho com a coordenação, foi agredida ferozmente por ele na frente de todos, caindo desacordada. Infelizmente ou felizmente esses dois casos não foram noticiados pela mídia; e não ocorreram em escolas públicas nem estabelecimentos de ensino situados em lugares com grande índice de violência, mas em escolas particulares do Recife e Região Metropolitana, o que não devem causar em nós surpresa alguma.

A violência nas escolas brasileiras atinge índices alarmantes e tem por principal vítima o professor, aquele, cuja missão maior é o de formar cidadãos; contribuir para a garantia de um futuro menos triste, inserção social dentre outros objetivos. E o que é pior: ela tende a aumentar muito mais. Ensinar nas escolas brasileiras se tornou uma função de grande risco, um interesse que põe a vida de quem educa à própria sorte. Mas vejamos algumas causas porque isso acontece.

O maior problema do exercício do magistério atualmente consiste na desagregação familiar; ou seja, retrato desenvolvido fora do ambiente de ensino. Pais separados, ausentes, pouco escolarizados, filhos entregues aos destinos de um mundo perverso, odioso, liberalista, sem limites, sem Deus; e isso gera alunos revoltados, agressivos, super independentes; pessoas que vêem o ambiente escolar apenas como uma máquina de produzir provas e notas; e o professor, como um empregado do Estado ou da empresa privada.

A falta de limites, de temor e de respeito em casa (não só na relação pais e filhos, mas também entre maridos e esposas) reflete diretamente nas salas de aula. Muitos de nossos estudantes provêm de lares desestruturados nos quais não há a familiarização com o papel, o lápis, o livro, a leitura, a escrita. Os pais se sentem incapazes de orientar os filhos a superar as dificuldades escolares. Infelizmente, no Brasil, quando se pensa projetos para a melhoria da qualidade do ensino não se leva em conta o ambiente familiar; a começar pelo o que se ensina. E aqui surge um outro problema.

As metodologias de ensino e os conteúdos vivenciados em sala de aula, com raríssimas exceções, além de antiquados, não contemplam a realidade social dos alunos. Ou seja, a maneira de ensinar, embora hoje com suporte de televisores, antenas parabólicas, computadores (na minha opinião ainda sem objetivos pedagógicos claros e eficientes) e os assuntos ensinados não acompanham um mundo repleto de grandes transformações; e, por isso, não despertam prazer algum. Nosso ensino sempre passou ao estudante uma visão formalista e abstraída da realidade que contaminou o ensino ao longo do tempo. O físico americano Richard Feynman, que esteve no Brasil nas décadas de 50 e 60, e ganhou o prêmio Nobel de Física por suas magníficas contribuições para o desenvolvimento da mecânica quântica, descobriu que, quando perguntava sobre a teoria de um determinado assunto, os alunos brasileiros respondiam com rapidez, mas se o mesmo assunto fosse tratado de outra maneira, saindo do formal para a experiência objetiva, esses estudantes se perdiam completamente. Eles eram incapazes de ver a realidade por detrás das palavras e de aplicar aqueles conhecimentos aos fenômenos cotidianos. As escolas visam apenas um objetivo aparente do modelo educacional existente: preparar robôs para os entediosos vestibulares e “enens da vida”. Injetam uma infinidade de assuntos na cabeça dos nossos adolescentes, fazem uma pressão psicológica enorme (na escola e em casa) por uma busca de um curso superior que também não garante resultados pragmáticos, como, por exemplo, inserção no mercado de trabalho.

Os nossos Ministros da Educação ao longo da história nunca foram educadores experimentados pela realidade dura do ofício, mas técnicos educacionais, burocratas do ensino presos em seus gabinetes e cercados por assessores; remanescentes da realidade elitista; e nunca contemplaram de perto a realidade dos alunos e dos professores. Eles viveram preocupados em diminuir a evasão escolar com projetos assistencialistas, como o “bolsa-escola”; a acabar com o alto índice de reprovação (e por isso criaram a chamada “progressão parcial”, trocando seis por meia dúzia); a encher as salas de aulas como um formigueiro (sem que haja investimento proporcional na infra-estrutura); mas nunca tiveram coragem de acabar com os vestibulares, com os atuais métodos avaliativos medíocres; com essas teorias pedagógicas que pouco têm utilidade; de proporcionar melhores condições de trabalho, tanto na questão da logística como na velha discussão salarial; de proporcionar mudanças profundas e radicais no atual modelo educacional brasileiro. E que interesse teriam nisso? Formar cidadãos, no sentido mais amplo do termo, nunca foi interesse dos nossos gerenciadores educacionais.

Há mais de 30 anos ouço dizer que a classe dos professores é a mais mal paga no Brasil. E essa realidade só piorou. Alguns professores privilegiados de Brasília e das regiões Sudeste e Sul vivem bem, chegam a perceber uma hora-aula de 25 a 30 reais; enquanto mais de 80% dos demais colegas de profissão recebem entre 2 e 7 reais por aula ministrada. A questão dos baixos salários é complexa, mas ela não se limita a um simples acréscimo salarial, pois este precisa estar associado a uma melhor preparação e um melhor desempenho dos professores. Também as vantagens salariais se acumulam no fim de carreira e são incorporadas à aposentadoria. Nesse sistema, o salário médio dos professores aposentados é substancialmente superior ao dos docentes na ativa, onerando poderosamente a folha de pagamento. Qualquer aumento no salário dos docentes gera uma cascata de aumentos proporcionais em todos os níveis.

Todos os motivos aqui abordados, Ezequiel, geram tipos de violência; e é por isso que professores qualificados estão desistindo da profissão e partindo para respirar novos ares. Eles não querem ser cúmplices de um modelo educacional falido, que não educa ninguém para nada. Não querem, sobretudo, se vê na famosa citação popular “o professor finge que ensina e o aluno finge que aprende”. Os que sobreviverem do magistério serão meros nefelibatas conformados, apaixonados utópicos, medrosos por encarar uma nova realidade profissional que, ao não verem perspectivas para si, justificam dizendo que “estão ajudando a transformar o mundo”; pois nunca vão encontrar outras razões coerentes. Sei que não existe educação uniforme em nenhuma parte. É natural haver escolas melhores e piores (o péssimo é não haver escolas); mas a falta de obsessão pelo sucesso educacional das nossas autoridades nos faz crer num horizonte perdido e impraticável.

Meninos e Meninas

Uma verdade existe sem depender de opiniões."

Até os três anos de idade, as crianças não sabem o que diferencia um menino de uma menina, e a não ser pelos estereótipos que herdam sem depender de suas vontades, não compreendem porque são diferentes. Mesmo o sexo para eles não representa uma diferença significativa. Sem dar muita importância ao fato, eles tratam aquele ser, mesmo quando se dão conta que possui um órgão sexual diferente do seu, como um igual, a despeito do sexo não semelhante. Na verdade, para elas, menino é aquele que tem cabelo curto, e menina quem tem cabelo grande, o que na verdade já é um estereótipo social, só que ainda não sabem disso.

Na realidade nós cuidamos para que desde o início, a aparência transforme os gêneros em diferenças. Para uma criança pequena isso não tem a menor importância, pois as diferenças ocultas até favorecem o pleno desenvolvimento conjunto. O fato de gêneros diferentes compartilharem o mesmo espaço, prepara-os para se compreenderem mutuamente, para que possam mais tarde conviver num mundo sem disputas, respeitando o espaço peculiar a cada um, sem diferenças de espécie alguma, mas, nós fazemos questão de impedir que esse processo natural se concretize.


Logo que nossos filhos nascem, cuidamos de nutrir em seus inconscientes o que primeiramente são, mulher ou homem. Como também já temos um padrão de tratamento para cada gênero, isso complementa a primeira parte do condicionamento que irá transformar menina e menino em seres completamente antagônicos, predestinados a viverem eternamente em conflito, diferentes até como seres humanos. O culto às diferenças passa a ser largamente empregado a partir de então, qualquer que sejam nossas ações.

Repetimos os estereótipos que foram criados para dar origem às primeiras diferenças que deveriam existir entre eles. São as roupas, os brinquedos, os hábitos, etc. Na verdade, uma criança não precisa de nossa ajuda para aprender a diferenciar naturalmente os indivíduos do sexo oposto, porque isso deveria ocorrer de maneira natural, sem depender dos costumes que criam estas divisões. É uma fase natural no desenvolvimento de cada um, e isso deveria ser incentivado. Cada etapa do seu desenvolvimento, foi cuidadosamente projetado pela natureza obedecendo a um critério lógico e bem definido, que contempla a evolução dos seus sentidos e processo mental, o que logo cedo nós deformamos ao introduzir em seu mundo, nossos estereótipos especialmente criados para separar um gênero do outro.

Por uma predisposição natural, meninas e meninos herdam dos genes do sexo, certas características que acabam por definir naturalmente, o processo de preferências de cada um, e isso definitivamente ocorre sem a menor necessidade de nossa inferência. Cabelos compridos, roupas azuis ou cor de rosa, carrinhos ou bonecas, saias ou calças compridas, tudo isso nós criamos para lhes dizer, desnecessariamente, quem é quem. Ora isso não tem a menor importância, uma vez que descobrirão naturalmente, na hora certa, sem deformações, com o melhor dos entendimentos; sem tabus, sem as maledicentes barreiras que nós, por interesses duvidosos, atribuímos existir entre sexos opostos.

Mas quem seria o maior beneficiário com a instituição das diferenças precoces? Ao adotarmos uma postura que cria e depois fortalece o antagonismo dos gêneros, estamos dando os primeiros passos rumo a idéia de que no mundo nunca haverá entendimento. Do mesmo modo que instigamos o culto às diferenças, sem percebermos estamos estendendo essa prática para todas as áreas do convívio humano.

Observando com mais atenção, podemos perceber que, a partir do momento que as crianças são segmentadas por gênero, toda uma imensa máquina indutora de hábitos, está por trás a apoiar e alimentar tal iniciativa; iniciativa que foi idealizada por eles, mas que delegarão para nós como um processo natural no desenvolvimento de cada indivíduo. Sem perceber, a partir de então, seremos seus agentes multiplicadores. Estamos de um modo tal envolvidos com a questão, que até nossas emoções foram cuidadosamente programadas, de maneira a tratar cada sexo como antagônicos, tornando-nos multiplicadores dessa idéia na mente coletiva.

Existem mesmo reações específicas, por parte de mãe e pai, na forma de falar, nos grupos de palavras que empregam, nos gestos usados quando conversam com os filhos ou filhas. Mudam os conteúdos de cada diálogo, criando um verdadeiro modo operacional de como tratar meninas e meninos. É o poder das tradições que insistimos em perpetuar, ou porque nos falta interesse para questioná-las, ou porque é para nós mais conveniente simplesmente copiar aquilo que já existe pronto, o que decerto dará menos trabalho.

Meninas e meninos ao brincarem juntos, estarão naturalmente criando os mecanismos naturais de respeito mútuo, já que ao longo do tempo, descobrirão um ao outro. Aprenderão sobre as particularidades de cada gênero, sobre o que agrada ou desagrada, de acordo com as predisposições naturais de cada um. Aprenderão mais sobre as suas particularidades emocionais, as formas como cada um reage às mesmas coisas; um aprendizado tão rico que seria incapaz de caber em qualquer compêndio educacional teórico.

Ao conviverem de forma natural, sem a imposição dos nossos vícios e preconceitos, aprenderão espontaneamente a se respeitarem de acordo com suas limitações e disposições; estarão vivendo num mundo novo, já que cada dia será de descobertas. Não aprenderão que meninos se vestem de azul e brincam com carrinhos, nem que meninas preferem rosa e brincam necessariamente com bonecas, nem que meninos são agressivos e as meninas meigas; descobrirão tudo isso naturalmente, se for uma coisa verdadeira.

Se fisiologicamente os gêneros são diferentes, isso também reflete de maneira decisiva na parte psicológica de cada um. Enquanto no homem o cérebro trabalha mais o lado direito, na mulher ele trabalha esquerdo e direito simultaneamente. Isto na prática tem uma importância dramática. O cérebro masculino enfatiza o movimento das coisas, a compreensão dos espaços físicos, dimensionamentos e formas geométricas; enquanto a mulher desenvolve mais os sentimentos e emoções, o dom da expressão e comunicação, a fala e a observação, a organização e zelo pelas coisas. convívio sem a instituição do gênero, faculta-os a compreenderem naturalmente o papel de cada um. Não tentarão se impor uns aos outros; nem haverá a necessidade do gênero dominante, pois isso apenas existe a partir do momento que instituímos o fraco e o forte, o inferior e o superior.

Compreender isso é aprender a respeitar o espaço e limites de cada um, entender que os gêneros não existem para competir entre si, mas antes disso, para se completarem. Não existe inferior ou superior, e sim, diferentes predisposições e capacidades, naturezas psicológicas não antagônicas como queremos supor, mas peculiares a cada ser.

A Escola e o Multiculturalismo, a Interdisciplinaridade e a Articulação entre os Conteúdos, Competências e Habilidades

A escola de hoje deve procurar organizar no seu Projeto Político Pedagógico, a intenção de desenvolver o currículo de forma integrada, de maneira que os conteúdos, mesmo que ainda organizados em disciplinas, sejam abordados por temas nas diversas disciplinas, as quais por sua vez, mantêm-se articuladas com a intenção de que o conhecimento construído pelos educandos venha a ajudá-los na análise, interpretação, compreensão e problematização dos fatos e dos fenômenos da realidade complexa em que vivem.


Os conteúdos específicos referentes a cada disciplina são considerados como formas de se desenvolver, nos educandos, competências e habilidades que são desenvolvidas e consolidadas, por processos de ensino-aprendizagem caracterizados pelo diálogo entre temas e conteúdos de uma mesma disciplina, assim como entre as diversas disciplinas entre si.

Atualmente, vivemos numa sociedade que é caracterizada por sua complexidade, e a escola é o local onde os fenômenos sociais e as diversas maneiras e concepções de vida social são trabalhados, analisados e discutidos nas diferentes disciplinas. Desse modo, o educador se vê diante de diferentes desafios, entre os quais, o de encontrar o meio termo entre o desafio à lógica disciplinar e a sistematização dos conteúdos. É necessário o diálogo entre as disciplinas, na construção dessa realidade.

A interdisciplinaridade deve reconhecer o domínio de cada área. Ela deve propiciar as condições necessárias para a coexistência de um diálogo entre as disciplinas. Tem a finalidade de estabelecer uma relação que leve o educando a compreender, processar, pensar, criticar e incorporar os diferentes conteúdos e as ligações entre as disciplinas, permitindo-lhe uma construção coerente e lógica dos conhecimentos adquiridos nas diferentes áreas.

O currículo da escola, deve trabalhar em prol da formação de identidades abertas à esta pluralidade cultural, desafiadoras de preconceitos, numa perspectiva de educação para a cidadania, para a paz, para a ética nas relações interpessoais, para a crítica às desigualdades sociais e culturais.

Para dar conta da formação do cidadão do século XXI, a escola deve estar comprometida em propiciar, através de diversas linguagens, a construção do saber, do conhecimento, preparando o educando para a transformação do mundo. Pela convivência com as diversas manifestações culturais, impregnadas de crenças, costumes e valores, espera-se que cada indivíduo passe a reconhecer e respeitar o direito do outro à diversidade. É necessário que o educador reconheça que a humanidade caracteriza-se pela produção da linguagem como sistema simbólico, que torna possível a construção de referências culturais, o desenvolvimento cognitivo e a formação e circulação de valores; que as diversas formas de expressão dos educandos devem ser respeitadas, em função da sua história de vida.

É necessário que o educador perceba os educandos como cidadãos de hoje, indivíduos que participam em um mundo social, do qual a escola representa apenas uma de suas instâncias. Isso envolve respeitar suas experiências de vida, sua linguagem e seus valores culturais, pois não existem conhecimentos que sejam melhores ou mais legítimos do que outros. Não cabe à escola, desqualificar ou ignorar essas experiências, e sim tentar incorporá-las, a fim de que o educando perceba uma articulação da vida social com seu cotidiano. Ao dar liberdade de expressão aos educandos, a escola permite que estes sejam encorajados a atuar criticamente em outras instâncias do mundo social.

A postura ética e crítica do indivíduo abarca a assimilação e reconstrução dos conceitos, da cultura e do conhecimento público da comunidade social no qual o educando está inserido. A escola deve desenvolver no educando a capacidade de expressar e comunicar suas ideias, participar e interpretar as produções culturais, intervir pelo uso do pensamento lógico, da criatividade e da análise crítica. Este processo é viabilizado pelas disciplinas que propiciam ao educando o seu crescimento como cidadão consciente e crítico, como inserção social, política e compromisso histórico, além do exercício cotidiano dos seus direitos, deveres, atitudes, condutas, como uma atitude de respeito às diversidades e autoconfiança.

Como Criar um Ambiente Adequado e Acolhedor na Sala de Aula de Educação Infantil

A sala de aula de Educação Infantil deve ser ampla e pode ser montada em um único ambiente ou em dois os três ambientes, por exemplo.

Deve ser reservado um espaço para a “rodinha”, onde são realizadas atividades do cotidiano como: chamada; calendário; contação de histórias; canto de músicas e outras.


A sala poderá conter os “cantinhos”: o cantinho da leitura, de matemática, das ciências, de historia e geografia, de artes, da psicomotricidade, da dramatização, por exemplo.

O cantinho da Leitura, incluindo livros de história de papel, de tecido, de plástico, e outros materiais; revistas em quadrinhos, por exemplo, e livros confeccionados pelos próprios alunos.

O cantinho de Matemática, incluindo jogos relativos à disciplina, como, por exemplo: Dominós; baralho; jogo da memória; ábacos; cuisinaire; material dourado; numerais em lixa e outros que poderão ser adquiridos ou confeccionados pelo próprio professor e pelos alunos. Poderá ser montado um minimercado com estantes incluindo embalagens vazias de produtos e uma “caixa registradora”.

O cantinho das Ciências, que poderá incluir livros referentes à disciplina; experiências realizadas pelos alunos como o plantio do feijão; um terrário; um aquário; por exemplo.

O cantinho de História e Geografia, que poderá incluir materiais como um quebra-cabeças do mapa do município onde os alunos residem e outro do Brasil; confeccionados pelo professor e pelos alunos, no caso do 3º Período, e uma maquete dos Planetas da Galáxia, incluindo o Planeta em que vivemos A Terra, utilizando bolas de isopor de tamanhos diversos para representarem os planetas.

O cantinho de Artes, incluindo, materiais necessários para os alunos realizarem atividades de artes, como, por exemplo: tinta guache, pintura a dedo, anilina dissolvida no álcool, massa de modelar, revistas para recorte, tesouras, cola, folhas brancas para desenho, lápis de cor, giz de cera, hidrocor e outros.

O cantinho da Psicomotricidade, que poderá conter materiais como tênis (de madeira) com cadarço para o aluno aprender a amarrar, telaios (material montessoriano) com botões, colchete, velcron ( para as crianças aprenderem a utilizá-los), tabuleiro de areia, materiais e jogos de encaixe, de “enfiagem”, como, por exemplo, ( para enfiar os macarrões ou contas no barbante para trabalhar a motricidade refinada das crianças).

O cantinho da Dramatização, que poderá incluir um espelho afixado de acordo com o tamanho das crianças, trajes dentro de um baú como, por exemplo, fantasias, acessórios como chapéus de mágico, de palhaço, enfim de diversos tipos, cachecóis, echarpes, bijouterias, estojo de maquiagem e outros. Poderá ser construído um pequeno tablado de madeira, onde as crianças poderão apresentar as dramatizações.

O mobiliário deverá ser adequado ao tamanho das crianças: mesas, cadeiras, estantes, gaveteiro (para guardar o material pessoal dos alunos: escova de dentes, creme dental, pente ou escova, avental e outros), cavalete de pintura e outros.

Os murais da sala podem ser confeccionados com materiais como cortiça, no estilo flanelógrafo, utilizando tecido próprio, onde deverão ser expostos os trabalhos dos alunos: pesquisas, exercícios, atividades de artes e outros.

Quadro de giz afixado de acordo com tamanho dos alunos.

Todo material que for afixado na parede, como por exemplo: murais, quadros de chamada de giz, linhas do tempo, janelinhas do tempo, cartazes, e outros deverão ser colocados de acordo com o tamanho dos alunos para que estes possam visualizar.

As paredes da sala devem ser de cores claras, pois além de clarear o ambiente, “passam” tranqüilidade às crianças.

É fundamental que haja um cantinho reservado para colocar colchõezinhos, caso alguma criança adormeça, pois nessa fase algumas ainda dormem durante o dia. É necessário também o travesseirinho e uma manta ou edredon para os dias mais frios.

Concluindo, a sala de aula de Educação Infantil deve ser clara, arejada e deve conter “estímulos” apropriados ao desenvolvimento integral da criança.

Escola & Tecnologia Educacional

Nos dias de hoje faz-se necessário iniciar uma nova perspectiva na escola, no sentido de romper com a lineiralidade de aprendizagem, utilizando ferramentas que se tornaram imprescindíveis à Educação tais como o uso da televisão, do vídeo, do DVD, do telefone, do rádio, do computador e Internet, entre outros.


Um dos objetivos da Informática na Educação é o de conhecer as possibilidades de uso da informática. “Mas o caminho do computador para a sala de aula passa pela familiarização do professor com ele (com os alunos, que nessa questão, o mais das vezes, tomam conta de si mesmos). Para o professor se familiarizar com o computador, ele precisa usa-lo nas mais variadas atividades, mesmo que elas não sejam de especial significado pedagógico nem voltadas para a sala de aula. Quando os professores tiverem com o computador a intimidade que hoje têm com o livro, descobrirão ou inventarão maneiras de inseri-lo em suas rotinas de sala de aula, encontrarão formas de criar, em torno do computador, ambientes ricos em possibilidades de aprendizagem que propiciarão aos alunos uma educação que os motivará tanto quanto hoje o fazem os jogos computadorizados, os desenhos animados, os filmes de ação e a música do rock.” (CHAVES).

Nenhuma sociedade está indiferente à entrada das tecnologias da informação e comunicação (TIC) no cotidiano de seus cidadãos. Percebe-se que o volume progressivo de informações gerado por essas tecnologias traz transformações substanciais ao processo de aquisição do conhecimento pelo indivíduo. Mesmo frente a dificuldades políticas e econômicas, às projeções governamentais encontram-se otimistas no que diz respeito à implantação de laboratórios de informática nas escolas públicas, através de seus programas oficiais. Diante de tal perspectiva, há urgência em preparar a escola para a integração da Informática ao processo educacional.

De acordo com Morán (2003), a teoria na educação é muito avançada, mas a prática está muito distante. No entanto, quando sensibilizado a trabalhar com a informática, o educador percebe-se um agente transformador da ação pedagógica e esta descoberta reflete-se rapidamente na elaboração de seu material didático e no planejamento de suas aulas. Este é o primeiro passo na direção do professor “abraçar” a informática na escola. Os autores Bruner, Dewey, Freire, Piaget, Skinner, Vigotsky, entre outros, oferecem as bases em que a interação da informática com a educação pode ser trabalhada, sendo modificada de acordo com a turma, com a metodologia adequada ao tema que será desenvolvido e com o Projeto Político Pedagógico da escola.

É necessário, ao implantar a informática educativa nas escolas dispor de um currículo flexível, multicultural, que relacione seus conteúdos, objetivos e estratégias às questões culturais e tecnológicas, de acordo com as necessidades que surgem ao longo da execução das atividades.

As aulas de informática podem propiciar aos alunos a oportunidade de aprender dentro do seu próprio ritmo, permitindo ao aluno trabalhar individualmente, em dupla ou em grupo. O professor deve fornecer as informações e/ou orientações preliminares acerca da atividade que será desenvolvida. Deve utilizar a interdisciplinaridade. Esta ocorre quando diversas disciplinas estabelecem reciprocidade e igualdade para a solução de um problema. É fundamentada na certeza de que a troca enriquece. Ao tentar solucionar uma determinada situação, o aluno vai colocar em ação os elementos teóricos de que dispõe sem se limitar, necessariamente, a um único campo do conhecimento, reorganizando-os de maneira a perceber uma solução ou uma nova necessidade. Por exemplo, os alunos que desenvolvem atividades no computador necessitam conciliar, pelo menos, alguns conhecimentos básicos de informática com outros específicos do tema em que estão trabalhando.

Alguns pressupostos teóricos acerca das pesquisas e projetos escolares mediadas pelo computador: A palavra pesquisa tem sua origem no latim: perquiro que quer dizer “procurar, buscar com cuidado; procurar por toda a parte; informar-se; inquirir; perguntar; indagar bem; aprofundar na busca (BAGNO, 1998).

Segundo Canen e Andrade, (2005), a pesquisa envolveria um problema real, levado ao nível acadêmico para que seu foco seja investigado rigorosamente, através de critérios e métodos críticos, a fim de que os seus resultados possam ser sistematizados e divulgados, segundo teorias reconhecidas e atuais.

De acordo com Almeida (2000), a pesquisa (escolar) deve ser elaborada de maneira a promover a autonomia do aluno, tornando-o capaz de:
1. Desenvolver o espírito crítico na seleção das informações pertinentes ao tema;

2. Refletir sobre os resultados obtidos;

3. Compreender os conceitos envolvidos, levantando e testando hipóteses.
Uma das maiores vantagens em desenvolver uma pesquisa no computador é a economia de tempo. Por meio de uma enciclopédia eletrônica ou da Internet, é possível obter, em poucos segundos, a mesma informação contida em qualquer outro meio. No entanto, “pesquisar” não é “copiar”. Um texto transcrito da Internet para um editor de texto, anexado a uma capa de trabalho, jamais pode ser considerado uma pesquisa escolar. Isso é freqüentemente praticado pelos alunos, mas faz perder todo o sentido, o objetivo metodológico da aprendizagem.

O professor deve evitar cópias, falando aos alunos que elas não trazem nenhum benefício e conscientizar-se acerca da necessidade de problematizar os temas de pesquisa.

É fundamental que o professor forneça um roteiro de pesquisa, apresentado em tópicos ou perguntas. Também é recomendável, incluir sugestões de sites.

A pesquisa escolar pode ser individual ou coletiva, e pode ser interdisciplinar, no caso de reunir mais de uma disciplina. Os alunos podem gravar os endereços dos sites, os artigos e as imagens que selecionarem, assim como podem editar anotações no processador de texto. O professor atua como orientador, auxiliando os alunos pesquisadores a:
1. Estabelecer critérios de busca;

2. Definir prazos (para o planejamento e execução das pesquisas);

3. Fazer uma seleção e classificação das informações;

4. Organizar os resultados (através da realização de síntese);

5. Elaborar uma apresentação dos resultados obtidos (alcançados) através da pesquisa realizada.
O professor deve propor aos alunos uma situação-problema, ao invés de uma simples apresentação do tema da pesquisa, como por exemplo, no lugar de lançar o tema “água”, o professor pode elaborar uma questão ou problema: “Por que a água é importante para a vida do ser humano?”. Esse tipo de questão, leva o aluno a selecionar as informações colhidas, de maneira a responde-la e não apenas copiar o material da Internet.

De acordo com Almeida e Fonseca Júnior (2000) na construção de um projeto devem ser planejadas as seguintes etapas:
1. Identificação de um problema;

2. Levantamento de hipóteses, solução e prováveis respostas;

3. Mapeamento do aporte científico (recursos materiais ou tecnológicos necessários);

4. Seleção de parceiros;

5. Definição de um produto (seria um site na Internet? Um trabalho impresso? Um CD-ROM?);

6. Documentação e registro (um registro diário com anotações dos endereços consultados, livros, visitas, entre outros);

7. Método de acompanhamento e avaliação;

8. Publicação e divulgação (apresentar e divulgar os trabalhos na própria escola e fora dela, em simpósios, congressos, encontros, etc.

Um Mundo que Ignoramos

O verdadeiro educador não aprende para ensinar, ele aprende enquanto ensina..."



Muitas vezes não conseguimos de uma forma eficiente, passar para nossos alunos a matéria que temos em mente, quer dizer, a nossa pauta didática. Dessa forma, não é novidade, quando acabamos por perder completamente o diligente trabalho, de dias e noites de estudos, compilação e finalmente de preparação, de um material, que quase sempre será ignorado em sala de aula. Se nem mesmo somos capazes de reter a atenção sempre dispersa de um grupo, desejar então que assimilem alguma coisa, pode parecer um sonho distante da realidade. Não somos responsáveis, nem temos a pretensão de moralizar ou disciplinar quem quer que seja, nem poderíamos se o quiséssemos, mas resta a frustração de não sermos capazes de exercer nosso magistério da forma idealizada em nossos primeiros devaneios vocacionais, quando sonhávamos com a possibilidade de que um dia poderíamos de fato mudar alguma coisa, por mínima que fosse.


Quando chegam em nossas mãos, muitas vezes, sem que nada saibamos a respeito de suas aspirações pessoais, ou mesmo das suas verdadeiras índoles, resta-nos cumprir as determinações que exigem o direcionamento escolar padrão. De nada adianta questionarmos se aquele modelo é ou não edificador, ou isso, ou aquilo; pois se não concordamos, centenas de outros educadores, estarão prontamente dispostos a fazerem a coisa em nosso lugar. Farão sem questionar, sem opinar, como máquinas cegas e obedientes, enfim, apenas cumprindo a carga horária necessária para justificar seus salários. Assim é com a maioria das escolas, que se tornaram apenas instituições comerciais, não educacionais. Não estão preocupados com a reforma ou construção de quem quer que seja. No final do período, cada instituição adotará seus próprios meios para fazer o aluno avançar de grau, ignorando completamente, se como seres humanos, se tornam menos ou mais disciplinados; menos ou mais conscientes de seus papéis num mundo que ainda não conhecem, que talvez nunca venham a conhecer.

Não podemos nos iludir, pois há um limite na trajetória comportamental de um ser humano, até onde podemos atuar, depois disso, a reforma da sua conduta, estará inteiramente nas mãos das vicissitudes da vida, do menor ou maior sofrimento, que ainda é a única linguagem que fala para todos no mesmo tom; uma linguagem capaz de criar em cada um deles o desejo de por si mesmo, mudar. Uma criança pode ainda ser cultivada, e um jovem poderá ainda mais, se quando criança ao menos tiver sido iniciado. Valor algum tem o heroísmo, a resignação pedagógica, se seus esforços não são recompensados com a compreensão de um aluno que se recusa a ouvi-lo.

Não podemos obrigar ninguém a assimilar e aplicar em vida, o que aprende na vivência escolar, nem devemos nos iludir achando que estamos cumprindo nosso papel de cidadãos preocupados com uma reforma, que culminará com a transformação do homem, tornando-o um ser íntegro, e consciente de que construir é melhor que destruir. Temos diante de nós um aluno, um ser humano, mas que pouco conhecemos de sua vida pessoal, dos rumos da sua família; o que no final poderá ter um efeito mais determinante sobre sua personalidade, que nossos melhores esforços em edificá-lo. Diante disso, devemos ser mais realistas e menos idealistas. Um idealista fecha os olhos para muitas realidades e por isso mesmo seus esforços são pouco eficazes, é movido a sonhos, e por isso ignora o que é real. Sua abordagem não pode construir, uma vez que lida com personagens que existem apenas em seus sonhos, seres não reais.

O realista ignora seus sonhos e sabe que tem diante de si um problema concreto. Conhece seu papel de educador e sabe das suas limitações. Tem consciência de que não tem o poder de transformar o mundo, mas pode orientar seus jovens para que possam enfrentar esse mesmo mundo, de uma maneira que lhes permitam sofrer menos; de modo que estejam mais fortalecidos, para enfrentarem os desafios que a vida certamente colocará diante de cada um deles. É seu papel dar-lhes orientação, e esta orientação poderá ou não lapidar de forma positiva parte do seu caráter. Sabe também, que não é o responsável pelo destino do seu educando, afinal não é nem pelo seu próprio; mas estará dando-lhes condições para que possam conduzi-lo de uma forma mais consciente, com maiores chances de acertos, e isso é tudo que pode ser feito pelo educador. Isso nos faz lembrar que, cada educador deve antes disciplinar a si mesmo, deve primeiro compreender seu mundo de relações com coisas e pessoas; deve estar consciente dos seus limites, do seu papel, e deve ter sua própria casa em ordem, antes de se aventurar a querer arrumar a casa alheia.

De que adianta a disciplina através de alguma forma de coação, se chegará um momento onde nossas recompensas não terão mais valor algum, para aqueles que fomos encarregados de tentar disciplinar? Precisamos compreender de uma vez por todas que, o tradicional modelo de castigo e recompensa apenas degrada o homem, cria um homem preguiçoso que não sente prazer no que faz, que vê na obtenção da vantagem sua razão de viver. Este modelo não é capaz de construir decência ou sentimento de respeito em quem quer que seja. Tire-lhe o prêmio e você não terá mais a máquina que obedece em troca de méritos.

Tentar resolver a complexidade dos problemas humanos, tornando-o um ser cada vez mais mecanizado, mais obediente porque almeja lucros, recompensas e vantagens. Isso apenas fortalece neles o sentimento, de que a solução dos seus problemas está na capacidade de consumir, no poder que proporciona a sensação de ter mais que os outros; é instigar e promover a diferença e a competição deliberada entre classes de pessoas, entre grupos sectários ou de interesses comuns. Isso acaba por transformar o inteiro sentido da vida, num simples passeio em meio a uma central de compras, onde para sermos felizes, só precisamos comprar cada vez mais e sempre.

Há alguns anos atrás, fizemos uma abordagem em sala da aula, que nos rendeu frutos maravilhosos. Resolvemos, por nossa conta e risco, sair um pouco do lugar comum, do processo linear e inflexível das técnicas didáticas tradicionais. Inicialmente não tínhamos uma idéia concreta dos resultados, pois era algo novo, algo que nunca tínhamos visto na didática escolar do ocidente. Tanto, que sequer fazia parte da pauta de matérias da nossa prática diária. Era algo informal por assim dizer; algo que sequer a direção tinha conhecimento, e começou como uma simples brincadeira no período do recreio.

A primeira abordagem foi com um grupo, de mais ou menos 20 alunos, com faixa etária entre 8 e 10 anos de idade. Tínhamos aula de pintura com esse grupo, uma vez pó semana. Num certo ponto do ano letivo, durante uma pequena discussão entre dois alunos que sentados numa mesma mesa, disputavam o mesmo potinho de tinta para colorir uma mesma árvore, questionei, porque não repartiam a tinta entre eles. Um deles, afirmou que, como pegara primeiro o pote de tinta, deveria pintar antes do outro a sua árvore; mas, ele enfatizou, depois que acabasse, o outro poderia usá-lo. Perguntei porque não poderiam molhar ao mesmo tempo seus pincéis, no mesmo potinho, que ficaria sobre a mesa, sem pertencer a preferência a nenhum deles.

Não foi fácil para eles compreenderem essa abordagem, pois a disputa pela preferência já fazia parte da conduta de cada um. Não compreendiam aquela condição de não disputa, e mesmo depois de concordarem, ainda olhavam para os pincéis um do outro, para ver quem retirava mais ou menos tinta do pote. Percebi que faziam isso de forma sempre mecânica, sem saber o que estavam fazendo, sem saber o motivo porque agiam daquele modo, sem sequer imaginarem que podiam agir de uma forma diferente; de um modo alternativo, fora do padrão que transformara suas ações em gestos mecanizados, completamente inconscientes. Os outros ainda observaram aquilo por algum tempo, e logo, outros, sem que chamássemos a atenção de nenhum deles, começaram a imitar aquele gesto. Foi até uma coisa divertida, pois ficaram contentes uns com os outros, e havia uma espécie de companheirismo diferente entre eles, um certo alívio, pois não precisavam proteger aquilo que julgavam ser suas posses, sob o risco do outro deixá-los sem nada.

Na aula seguinte fiz um desafio a eles, e lhes disse que naquele dia não iriam pintar, pelo menos não aqueles temas que a escola, ou mesmo eu, preparava para eles. Iríamos dar uma volta no pátio da escola, e simplesmente observar o mundo. Expliquei o que deveríamos fazer naquele passeio, e o motivo pelo qual faríamos aquilo. Disse-lhes que deveriam observar a maior quantidade de coisas que fossem capazes de perceber, tais como; plantas rasteiras, a terra e sua composição, as árvores, o céu, a sujeira que encontrassem pelo caminho, as pessoas, o que estas pessoas estavam fazendo, a cor de suas roupas, a coloração das plantas, do céu; e também o que sentiam quando estavam observando cada uma daquelas coisas. Pedi que levassem consigo papel e lápis, pois deveriam anotar ou desenhar alguma coisa que julgassem importante; que pudesse servir de referência caso desejassem lembrar depois com mais clareza, do ocorrido. Houve pouca resistência, assim mesmo, pela não compreensão imediata da coisa; do propósito daquela tarefa, que não chamei de tarefa, pois eles não compreendiam o significado de uma atividade escolar que não fosse considerada uma tarefa.

Expliquei que queria conhecer a capacidade de observação de cada um deles, e expliquei-lhes, depois de alguns dias, os benefícios que viriam com o desenvolvimento dessa qualidade. Paramos muitas vezes em pontos distintos do pátio, e lhes mostrei umas plantinhas muito pequenas, na fresta de uma calçada do pátio. Pedi que olhassem a coloração dos muitos verdes das pequenas folhas, as sombras, seus caules, e também o formato das folhas, e que tentassem ver nelas, alguma coisa que as pessoas normalmente nunca seriam capazes de perceber.

A reação deles foi fantástica, e logo tivemos que estender a atividade a outras turmas, pois todos conversaram sobre aquilo, e em casa passaram a ser mais observadores, mais atentos aos detalhes. A capacidade individual de cada um daquele grupo se transformou de um modo notável, já não eram mais os mesmos, eram capazes de ver o mundo com outros olhos. Depois lhes expliquei outras coisas, na verdade qualidades que todo observador precisa ter, principalmente quando vivemos num mundo onde o pensamento voltado à destruição é a prática comum. E logo que voltamos à sala, quando lhes pedi para relatarem em papel o que podiam lembrar do passeio, de uma agitação inicial onde todos discutiam entre si expondo seus pontos de vista, logo podíamos ver crianças reflexivas, de olhos atentos a tudo que ocorria à sua volta.